terça-feira, 2 de junho de 2009

O irreal social em cada um: meu auto-retrato *

É muito difícil falar de si mesmo quando não se tem certeza do que se é. Tudo aqui são mera suposições, sempre em busca da verdade, é claro.
Falando em verdade, primeiramente me vem à mente a dança. Dançando me sinto bem, me sinto feliz (exceto quando não consigo fazer as coisas como eu gostaria, ou seja, em 50% das situações). Muito além do prazer físico em dançar tenho vontade constante de dizer através da minha dança, algo, que por às vezes achar que não estou conseguindosinto-me imensamente frustrada, tanto, que até me dá vontade de desistir.
Como alguém que tem tantas possibilidades (estou falando de profissões) pode ser confusa assim? Ou acaso não pareço confusa? Acho que dá pra perceber com estas palavras estranhas e desconexas.
Ainda sobre as profissões, quer trabalhar em algo que me deixe feliz, e a dança me deixa feliz, mas ainda não consigo ou posso trabalhar só com isso... Alguma idéia pra fazer o dinheiro necessário chegar às mãos através da dança? Alguém?
A minha sorte é que sou feliz fazendo outras coisas também (...), como massagem, por exemplo. Será que a fisioterapia é meu destino também, Donny?
Sou um irreal social porque quero trabalhar com o que gosto, e gosto de trabalhar com o corpo. Já falei pra você que eu já quis ser médico legista (dentre outras coisas como bióloga e educadora física)? Tudo por causa do corpo.
A segunda etapa é falar do pedaço de mim que se apaixona...
Gosto das pessoas, e geralmente isso dá problema por dois motivos: gosto de várias pessoas a ponto e me relacionar com elas para conviver e absorver suas qualidades e ec (nossa, que antropofágico!), mas isso é IMPOSSÍVEL! A segunda é pior... Pois ao mesmo tempo em que desejo isso, não consigo conviver com isso pois sou ciumenta e possessiva. Pode? Dá pra acreditar? Eu não sou real...
A última parte é falar de realidade, dos defeitos que tenho e não aprecio.Há muitos mas alguns tento mudar o mais urgentemente possível que outros: a ira que me atinge e me dá vontade de quebrar tudo e gritar muito mas não posso; a inflexibilidade que vocês bem conhecem; a insatisfação constante na busca do melhor; a ingenuidade que me deixa querer coisas que às vezes não são realmente possíveis e não me deixar ver quem as pessoas realmente são.
Afirmei muitas coisas mas a maior certeza de todas é que não sei bem quem realmente sou e nem o que quero exatamente, talvez por ser muitas em uma só e querer demais.
É difícil expor-se dessa maneira. não espero compreensão mas respeito às minhas concepções, entretanto declaro desde já estar aberta a desfazê-las e refazê-las, afinal: ADOOOOOOORO experimentar!

* Este relato faz parte da pesquisa do espetáculo "Corpos de tinta"

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