sexta-feira, 3 de julho de 2009

Reanalisando tudo!

Ah, está tudo muito bagunçado na minha cabeça, acho que é o sono. Já é tão tarde. Acho que serei mais direta do que o normal.
Bom, é realmente muito interessante ver-me sob óticas tão diferentes, mas fico feliz que todos me percebam tão bem, até melhor do que eu mesma. De início achei extremamente difícil relatar minha irrealidades, talvez porque eu as tenham escondido tão bem que hoje tenho dificuldade em identificá-las.
Acho que minha irrealidade mais marcantes é o medo. Medo de tudo, medo do mundo. Talvez por isso Dede, você me ache tão sozinha. Às vezes me sinto bem assim, mas na maioria das vezes só quero colo. Tenho medo da solidão, mas mesmo assim não sei evitá-la, ela me consola. Você está certa, sou confusa. Nem mesmo eu compreendo minhas vontades. Afff, e é nesta confusão que eu "organizo" minha vida, mas não acho que eu compartimentalize tudo Odara, mas sim que tudo é muito misturado, oq ue reflete uma personalidade bipolar, instável. Daí quando estou muito sobrecarregada explodo com força máxima. Druoga, não sei lidar com isso, jamais o soube. Jamais consegui me sentir realmente segura em algo, para algo; sempre sobressai a preocupação, o medo, e para saná-los me vejo forjando situações, procurando motivos, cobrando-me ao extremo. Essa sou eu.
Quanto a meus caminhos na dança, não sei ao certo. Talvez você esteja certo Donny, talvez ela seja apenas um arco íris no meio da selva que a biologia representa em minha vida. Mas no fim do arco-íris não existe sempre um pote de ouro? Quem sabe um dia eu consiga chegar lá. Sempre disse à todos que me perguntavam, que a minha primeira opção diante de uma escolha, seria a biologia. Realmente amo meu curso, e sinto-me realizada nele. Talvez por ter chegado tão longe depois da dificuldade que encontrei ao cursá-lo. Mas o que seria da vida sem obstáculos, né?
Mas amo dançar, e não sei até que ponto minha primeira escolha prevalecerá. O que sei é que jamais serei feliz sem um dos dois, e não considero a idéia de separar de qualquer um deles de minha vida. Talvez hoje a dança seja mesmo algo irreal para mim, e talvez seja verdade que meus olhos não brilhem tanto por ela quanto outrora, mas isso tem outras razões, que são assunto para uma outra carta. Talvez estes sejam os motivos para minhas travas corporais, mas nem mesmo eu os sei ao certo.
Não acho que minha constante falta de tempo seja um mecanismo para sentir-me ou mostrar-me madura, este é realmente um problema real. Entenda, quando declaro não haver tempo refiro-me a não conseguir executar bem aquilo que faço: seja no ensaio, na gradução, no laboratório ou em minha vida pessoal (principalmente nesta). Não há tempo. Mas sim, tenho mecanismos para tentar mostrar-me madura, geralmente ele é falho, pois minha personalidade de menina sempre foi mais forte. Acho que por isso vivo numa luta constante comigo mesma. E você acha isso interessante Donny? Pra mim isto é uma tortura...afff. Enfim, geralmente quem ganha a guerra é "o ser madura", não porque eu o quero, mas porque é uamm exigência dos lugares onde estou, tornou-se quase inconsciente.
Por fim, preciso realmente falar da irrealidade de minha impessoalidade. Você está certo Donny, de novo. Uso da cientificidade para evitar mostrar-me demais, esta é minha melhor proteção, guardar-me. Como já disse, o medo guia meio modo de viver. Depois de tantas mágoas, traumas e decepções seguidas, não sei se realmente quero explodir em sentimentos. Falam em mostrar-me mais, lutar para sair desta situação, curar estes traumas, que eu serei mais feliz. Mas como?, eu pergunto, se quando faço uma tímida tentativa de msotrar-me, de senitr novamente, quando enfim começo a confiar e acreditar que será diferente, as bocas que me falam para libertar-me são as mesmas a levar-me a tal situação novamente. Não Nathy, não quero curar-me desta situação, não quero morrer na praia mais uma vez, e não vou deixar brechas para que meu mur de proteção seja trasnposto novamente, mas sim o reconstruirei mais alto e forte. Sei que serei mais feliz assim.
Talvez essa seja a minha grande satisfação em estar na biologia. Ela me equilibra, ao menos em parte, minha instabilidade emocional; sofro menos quando estou nela, frusto-me menos com ela.
Ah, minha cabeça dói, já está quase amanhecendo, mas tenho ainda forças para dizer mais algumas coisas. Obrigada! É basntante confortante saber que posso considerá-los amigos e que vocês aceitam-me com tantas irrealidades...defeitos...enfim. Sentirei muita falta de todos enquanto estiver distante, tanto por este mês, quanto aos anos que se seguirão. Mas o mundo dá voltas e provavelmente nos reencontraremos, em um momento melhor, sob outras condições, não é mesmo Denise?

Bem, sintão-se todos abraçados. Até a volta.


Lana Gabriela

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